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A Força da Misericórdia

Karen Berg
Setembro 24, 2023
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Este artigo foi previamente publicado em 2016. 

No primeiro dia de Sukot, a Coluna da Direita de Zeir Anpin começa a se mover em direção a Malchut para abraçá-la. Este é o significado oculto do verso: “E Seu lado direito me abraça” (Cântico dos Cânticos 2:6). Então, todos se alegram e todos os semblantes brilham. Há alegria em derramar água pura no altar, em Simchat Beit Hasho’evah. Durante todo o período de Sukot, as pessoas deveriam estar felizes, alegrando-se de diversas formas. Isto é provocado pela  Direita, pois onde quer que o lado direito, isto é, Chasidim (Misericórdia) repouse, deve haver alegria em tudo. Então, há alegria para ficar feliz.
—Zohar, Pinchas

Sukot é o tempo de Chasidim, um tempo de misericórdia e de alegria. Agora que purificamos o Desejo de Receber Somente para Si Mesmo em razão do trabalho que fizemos em Rosh Hashaná, podemos começar a construir um desejo não mais Somente para Si Mesmo, mas para Compartilhar, nosso aspecto mais próximo da natureza do Criador. Este é o propósito de Sukot, sendo esta a razão de todos os vários aspectos desta abertura cósmica rica e festiva. Os instrumentos que usamos em Sukot: A Sukah, propriamente, as quatro espécies que fazem a conexão com a Lulav e a Etrog, a Cerimônia da Libação da Água, todas são partes do plano do Criador para nos proporcionar a habilidade de construir um futuro de harmonia. 

“Durante todo o período de Sukot, as pessoas deveriam estar felizes, alegrando-se de diversas formas.”

A Lulav representa Chesed, misericórdia. É segurada na mão direita, sendo o lado direito o do compartilhar, a Coluna da Direita. O valor numérico de Lulav é 68, quando adicionamos os 4 dias de preparação, chegamos a 72, o quadro completo dos Nomes de Deus, que significa que, à medida que compartilhamos, podemos atrair a força plena da Luz Divina. Nós não colocamos a Lulav voltada para baixo, ela sempre fica voltada para cima, sempre atraindo energia. Isto nos lembra que onde quer que exista misericórdia, onde quer que exista o compartilhar e a gentileza, de forma ampla ou em pequenos gestos, haverá um fluxo constante de energia dos Mundos Superiores para o nosso mundo. 

O Etrog representa uma energia diferente. Frequentemente, as pessoas buscam um bonito Etrog porque representa o mundo físico de Malchut, o nível do Reino. É o recipiente que contém toda essa Luz reluzente. 

Quando rezamos na Sukah, colocamos a Lulav e a Etrog juntas, representando a unificação destes dois aspectos, que são, afinal, o propósito da Criação: A Lulav, representando a qualidade de compartilhar da alma, e o Etrog, o corpo, o recipiente. Não podemos fazer o nosso trabalho em um corpo sem alma, nem pode a alma fazer seu trabalho sem um corpo; juntos, temos vida. E no que se refere à energia, a Lulav é mais forte que o Etrog, assim como o desejo do Criador de compartilhar conosco bondade infinita é mais forte que nosso desejo de receber. 

Sukot também nos dá a conexão da Libação da Água, conhecida como Simchat Beit Hasho'evah, no sexto dia. Durante a época do Templo, a água era tirada do poço e vertida no altar do Templo. Portanto, a natureza desta conexão é pegar e derramar água. Esta conexão também dá continuidade ao tema de trazer para nós a força de misericórdia. É dito que quem assiste a esta conexão deve fazê-lo com grande alegria, e que a simples observação atrai felicidade e oferece proteção contra as dificuldades da vida. 

À medida que investigamos cada uma das ações que fazemos na Sukah, percebemos que esta janela no tempo, combinada com consciência e tecnologia, torna disponível para nós a capacidade de atrair a nossa parte mais semelhante a Deus para o âmago do nosso ser, preenchendo-nos com a capacidade de sermos diferentes do que fomos no passado. Podemos estar vulneráveis e sensíveis após todo o trabalho de purificar nossa negatividade nas aberturas cósmicas anteriores, e agora é como se Deus dissesse: “Eu farei para você um lugar Comigo, onde você sempre se sentirá seguro”.

“Esta janela no tempo torna disponível para nós a capacidade de atrair a nossa parte mais semelhante a Deus para o âmago do nosso ser…”

A Bíblia nos conta que quando os filhos de Israel deixaram o Egito, eles viajaram da cidade de Ramsés para Sukoth. Alguns dizem que Deus concedeu Sua proteção às pessoas com tendas físicas, portanto, Sukot é chamada a abertura cósmica das tendas, enquanto outros dizem que as pessoas foram cercadas pelas Nuvens de Glória: Uma sob seus pés, uma sobre suas cabeças, quatro os abraçando de cada lado e uma guiando seu caminho. Sabemos, kabalisticamente, que ambas são provavelmente verdadeiras, já que uma representa o que ocorreu num plano espiritual e a outra representa sua manifestação física. 

No 15º dia do mês de Tishrei (Libra), a nação começou a construção do Mishkan (Tabernáculo). O Mishkan era destinado a ser o lugar onde Deus se comprometeu a habitar na Terra, para se juntar à humanidade. Em Sukot, nós também fazemos este compromisso de habitar com Deus, deixando nossa casa, os confortos físicos que nos atraem, o Faraó que busca nosso retorno a Ramsés. A Sukah é o lugar que vai nos nutrir, e nos trazer para um lugar de energia para o ano inteiro. É como a barriga de Leviatã, a baleia, em que Jonas ficou envolto em segurança por três dias e três noites, para ser conduzido rumo ao seu destino. Na Sukah, somos banhados na Luz, para emergirmos mais fortes e mais conectados com nossa essência divina. Não é a sombra feita por uma Sukah comum que protege o corpo do sol, mas uma sombra que protege a alma. 

A sabedoria que circunda a abertura cósmica de Sukot é uma tecnologia muito detalhada — poderíamos passar um ano inteiro estudando e preparando-nos para ela, e ainda teríamos mais para aprender. Então, para aqueles de nós que não são grandes estudiosos, mas querem se conectar com a mais pura essência da abertura cósmica, eu acredito que esta adorável e tocante história pode nos ajudar a lembrar do que realmente é importante. 

Era uma vez um homem muito pobre e simples de coração que tinha um grande desejo de fazer uma conexão muito poderosa com Sukot. Ele queria comprar o Etrog mais bonito que pudesse encontrar, um que emulasse seu amor e apreciação pelo Criador e todos os presentes que o Criador concedeu a ele e sua família.
 
A única coisa de valor que ele tinha era o Tefillin deixado por seu falecido pai. Como a abertura cósmica estava começando, ele sabia que não iria precisar do seu Tefillin por outros nove dias, e ele estava certo que iria funcionar, e quando chegasse o momento, ele acharia uma forma de ter o Tefillin que precisava. Então, ele vendeu seu Tefillin e comprou o Etrog mais bonito que encontrou.

Quando ele contou para a sua esposa sobre sua nova e sagrada compra, sua esposa ficou enraivecida. “Como você pôde fazer isso com a nossa família?! Temos tão pouco para alimentar nossos filhos e você pega o dinheiro da venda do nosso Tefillin e compra um Etrog?”. Com isto, ela jogou o Etrog no chão, e sua casca impecável se partiu, deixando-o irreparavelmente danificada. 

Seu marido, com o coração partido por ver seu Etrog danificado, considerou o assunto profundamente. “Eu não tenho Tefillin”, ele pensou. “Eu não tenho Etrog, mas ainda tenho o amor do Criador, e a coisa mais importante que eu posso fazer para celebrar este amor é comportar-me como o Criador faz e mostrar amor, e não raiva, para a minha esposa”. 

Dentro da Sukah física e da Sukah espiritual que circunda nossa alma nesta época, a coisa mais importante para nós termos em mente é uma consciência de amor, pois quando o fazemos, abraçamos a harmonia pelo nosso semelhante, crescemos a capacidade do nosso coração de amar as pessoas, e de trazer para toda a humanidade a proteção das Nuvens de Glória.

“Dentro da Sukah física e da Sukah espiritual que circunda nossa alma nesta época, a coisa mais importante para nós termos em mente é uma consciência de amor…”

Ao entrarmos na Sukah cósmica, que nos envolve pelos próximos oito dias, podemos perguntar “Meu Criador, eu sei que tenho feito muitas coisas somente para mim, e que eu não mereço misericórdia alguma. Eu caí, eu tropecei; eu me pareço mais com o Etrog que com a Lulav. E ainda sei que, por sua Sukah, você me deu uma grande dádiva, então, por favor conceda-me essa energia, para que eu possa ser um canal mais forte de sua Luz, cuidando dos outros como você cuida de mim, agora e pelo ano que se inicia”. 


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