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Lições de um Casamento de Sitcom

Monica Berg
Junho 3, 2024
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Todos amam ou, pelo menos, estão familiarizados com clichês de sitcoms (seriados de comédia) de um casal que constantemente discute. Dos pais de Seinfeld a Doris Roberts e Peter Boyle em Todo Mundo Ama o Raymond, ou aos pioneiros do meio Ricky, Lucy, Ethel e Fred em Eu Amo a Lucy. Esses pares icônicos nos divertem há décadas. O que é único nesses casamentos é que eles nos mostram, em rápida sucessão, instâncias de conexão, desconexão e reconexão. Sim, eles brigam e se aborrecem uns com os outros, mas eles são casais que permanecem juntos por anos. Por quê? A resposta está em sua habilidade de consertar as coisas. Com certeza, eles estão sempre discutindo por coisas idiotas e situações cômicas exageradas (afinal, se trata de comédia), mas somos atraídos em direção a ela porque é calmante. Um ciclo consistente de harmonia, desarmonia e reparação. 

Fora das cidades da ficção e das salas de estar de estúdio, os relacionamentos são o coração de nossas vidas reais. Eles tecem para nós uma tapeçaria intrincada de conexão, apoio e amor. Ainda assim, como qualquer tapeçaria intrincada, eles podem desfiar e romper, deixando-nos a pensar se seria mais fácil desapegar deles. A ascensão do namoro online e das redes sociais criou uma grande ilusão de que sempre existe alguma coisa (ou alguém) melhor ou que um novo parceiro novo muito superior está apenas esperando que você deslize para a direita. De maneira similar, amizades são começadas, perdidas e rompidas e os vínculos familiares entram em crise. Em um mundo que se move mais rápido do que podemos suportar, sempre apresentando distrações aparentemente importantes e brilhantes, o trabalho de reparar pode parecer assustador... até mesmo sem sentido.

Mas não é. O poder de reparar é uma prova da força do nosso espírito e da profundidade dos nossos corações. 

Quando os relacionamentos encontram desafios, é natural sentir a urgência de ir embora. A dor de uma traição, o impacto das palavras duras ou o peso de expectativas não atingidas pode criar feridas que parecem profundas demais para curar. Mas é nesses momentos de vulnerabilidade que a verdadeira essência do amor e da conexão se revela. Reparar um relacionamento não é sobre ignorar a ferida ou fingir que a dor nunca existiu. É sobre mergulhar fundo na ferida, para entender sua origem e trabalhar juntos para curá-la, um processo que pode ser emocionalmente intenso mas, no final, recompensador. 

O processo de reparação começa com a  vontade de se comunicar aberta e honestamente. Ele requer humildade e coragem para admitir quando magoamos alguém e para ouvir quando alguém nos magoou. Essa troca de vulnerabilidade pode ser profundamente desconfortável, mas é por meio desse desconforto que encontramos as sementes para o crescimento. Ao enfrentar a dor de frente, criamos um espaço para empatia, entendimento e, finalmente, o perdão. 

É importante lembrar que reparar um relacionamento não significa apagar o passado. Em vez disso, significa conhecê-lo, aprender com ele e usá-lo como alicerce para uma conexão mais forte e resiliente.  Este processo pode transformar um relacionamento fraturado em algo mais íntimo e amoroso que antes. O ato de reparar mostra que valorizamos o relacionamento o suficiente para lutar por ele, para nutri-lo de volta à saúde de volta e para honrar a ligação que nos conecta. 

No entanto, nem todos os relacionamentos podem ser reparados. Algumas vezes, o dano é muito extenso ou a pessoa não deseja se engajar no processo de cura. Nesses casos, é crucial reconhecer que a tentativa de reparar o relacionamento não é inútil. Em vez disso, é uma oportunidade para um profundo crescimento pessoal. O esforço que colocamos na tentativa de consertar uma conexão rompida pode nos levar a reparar desavenças em nós mesmos, muitas vezes as mais ternas e ocultas, uma jornada que pode nos transformar em indivíduos mais fortes e resilientes. 

Quando nos esforçamos para reparar um relacionamento, confrontamos nossas inseguranças, medos e questões não resolvidas. Essa introspecção pode ser transformadora, ajudando-nos a entender melhor a nós mesmos e promovendo um nível de autocompaixão inteiramente novo. Ao encarar nossas feridas internas, começamos a nos curar interiormente, tornando-nos indivíduos mais completos e resilientes. Esse trabalho interior não só nos beneficia, mas também aumenta nossa capacidade de formar relacionamentos mais saudáveis e plenos no futuro. 

Todavia, reparar não é um processo de autoflagelo e não exige que nos diminuamos ou critiquemos a nós mesmos. De fato, os kabalistas são irredutíveis ao afirmar que o arrependimento não dever ser um processo que venha com lamentação, obrigação, culpa ou medo. Eles nos ensinam que o arrependimento é uma dádiva espiritual, uma oportunidade, e quando entendemos realmente o que ele nos proporciona, nós naturalmente temos um entusiasmo de participar do processo. Isto não significa que não seja um trabalho árduo, certamente é. Isto exige uma grande parte de honestidade e de responsabilidade consigo mesmo, mas é um trabalho compensador. Não é o trabalho que nos faz sentir mais pesados, é feito para nos deixar mais leves, mais livres. 

O poder da reparação reside não só no resultado, mas na jornada em si. É uma jornada de autodescobrimento, crescimento e amor profundo. É sobre estar presente, mesmo quando for difícil, e escolher a  conexão em vez da conveniência.  É sobre acreditar no poder transformador do amor e na resiliência do espírito humano.  

Da próxima vez em que você se vir em uma encruzilhada num relacionamento, tire um momento para refletir. Considere o poder da reparação e o potencial para um senso ainda maior de conexão e amor. Lembre-se que, quer o relacionamento seja reparado ou não, o ato de tentar repará-lo  é uma prova de sua força, de sua coragem e do seu compromisso inabalável com o amor. Cada tentativa de reparação, grande ou pequena, é um ato que os especialistas em relacionamento John e Julie Gottman chamam de “enfrentar, em vez de se afastar”. 

No final, a jornada de reparação não é apenas sobre consertar relacionamentos com os outros; é sobre curar nossos relacionamentos conosco. Alguns relacionamentos podem ser irreparáveis, mas mediante a tentativa ou a consideração de repará-los, exploramos mais além o relacionamento conosco mesmos. E como eu disse muitas vezes, nossos relacionamentos conosco mesmos são os mais importantes que teremos na vida. 


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