Perdão no Mais Elevado Grau

Menu Principal

Eventos & Cursos


Menu Principal

Assinatura


Torne-se membro

Descubra mais sabedoria e práticas para elevar a si mesmo, a sua vida e as pessoas ao seu redor. De artigos e vídeos semanais a aulas e eventos com transmissão ao vivo e presencialmente, há um plano de assinatura para todos.

Veja planos de assinatura
Assinatura em Destaque:
Comunidade
  • Benefícios inclusos:
  • Participe de webinars interativos toda semana
  • Assista a cursos completos on demand
  • Aproveite descontos em eventos, orientação em serviços individuais e produtos*
  • E muito mais...
  • Junte-se Hoje
  • *Nas localidades participantes. Haverá restrições aplicadas.
Menu Principal

Orientação


Vá ainda mais fundo na sabedoria da Kabbalah com orientação personalizada e leituras de mapas.
Encontro gratuito com um professor

Nossos instrutores dedicados estão aqui para ajudá-lo a navegar em sua jornada espiritual.

Solicite o Seu
Leitura de Mapa Astral Kabalístico

Aprender sobre nossa alma por meio de um mapa astrológico ajuda a dar mais significado e maior compreensão às experiências que enfrentamos, às pessoas que conhecemos, ao trabalho que fazemos e às bifurcações da estrada.

Agende uma leitura de mapa
Orientação Pessoal - Serviços do Kabbalah Centre

Sessões personalizadas individuais com um instrutor para aprofundar em uma área que lhe interessa ou oferecer suporte onde você mais precisa. As reuniões abrangem desde relacionamentos, tikkun e estudo profundo do Zohar, todas personalizados especialmente para você.

Reserve uma Sessão de Orientação

Perdão no Mais Elevado Grau

Monica Berg
Novembro 20, 2023
Curtir 3 Comentários 3 Compartilhar

Em 1993, Amy Biehl, uma promissora norte-americana estudiosa da Fulbright e ativista anti-apartheid, viu-se no tumultuado cenário da África do Sul. Enquanto dirigia por um bairro perto da Cidade do Cabo, ela foi vítima de um ato de violência sem sentido. Uma multidão a atacou, lançando tijolos, espancando-a e esfaqueando-a. Embora estivesse com amigos na época, eles não conseguiram salvá-la e ela foi declarada morta no local. Ela tinha 26 anos de idade.

Após sua morte, seus pais viajaram para a Cidade do Cabo para refazer os passos da filha, numa tentativa de entender o que aconteceu e para recolher os restos mortais de Amy para cremação e para levá-los de volta aos Estados Unidos. Ao empacotar os pertences de Amy, a sua mãe Linda encontrou os diários dela e, ao lê-los, descobriu uma abertura para uma resolução interna. Ao ler sobre o amor da filha pela África do Sul e suas convicções relacionadas ao trabalho por lá, uma luz se acendeu em meio ao luto. Linda e seu o marido Peter, que é pai de Amy, decidiram entrar em contato com a Comissão da Verdade e Reconciliação, para participar das audiências pós-apartheid.

A Comissão, liderada pelo Arcebispo Desmond Tutu, e as suas audiências tinham como objetivo abordar as atrocidades do apartheid, proporcionando um espaço para vítimas e infratores se encontrarem,  comunicarem-se e compartilharem suas histórias. Isso serviu como uma oportunidade para ambas as partes buscarem cura, redenção e concederem perdão. A família Biehl participou ativamente desse processo, encontrando-se com os homens que haviam participado do ataque que resultou na morte de sua filha.

Vamos pausar aqui. Você consegue imaginar sentar-se diante das pessoas que tiraram a vida de seu filho? Pode imaginar escolher fazer isso? Isso provavelmente evoca emoções avassaladoras de dor, indignação e desolação profunda. Como poderia ser diferente?

Essas emoções estavam absolutamente presentes para os Biehl, mas, por meio do processo das audiências, eles descobriram as circunstâncias complexas que levaram à tragédia. Eles souberam que os homens que cometeram o crime eram produtos de uma sociedade profundamente dividida, violenta e oprimida — exatamente a sociedade que sua filha estava tão comprometida em ajudar. Foi neste momento que tomaram uma decisão tremendamente radical.

Eles apoiaram ativamente a reintegração desses indivíduos na sociedade, dando-lhes anistia e facilitando que eles conseguissem um emprego. Na verdade, eles os ajudaram a ter emprego dentro de sua própria organização, a Fundação Amy Biehl, que eles haviam estabelecido em memória de Amy para dar continuidade ao seu trabalho de apoio à educação e desenvolvimento na África do Sul. Eles não apenas perdoaram os homens que mataram sua filha, mas também lhes ofereceram empregos, tornando-se participantes ativos em sua reabilitação.


Muitos de nós compreendemos que o perdão é poderoso, mas a execução disso é algo completamente diferente. Essa história é inspiradora para mim, não apenas porque é um exemplo verdadeiramente incrível de perdão, mas porque eles são pessoas como eu e você. Eles incorporaram um nível de perdão e compaixão de que todos nós somos capazes, mesmo diante de circunstâncias impossíveis.

Porque, de fato, como alguém poderia perdoar outra pessoa por uma atrocidade tão grande?

Pode até parecer que o perdão dos Biehl só beneficiou os infratores. Ainda assim, Linda compartilhou, em muitas entrevistas desde então, que isso se tornou uma fonte profunda de cura para ela e para toda a família deles. Devido à magnitude de seu perdão, também se tornou uma fonte de cura e inspiração para a nação da África do Sul. E ainda é até hoje.

O mundo precisa desse tipo de perdão radical. Isso requer um ego flexível e um coração totalmente aberto. Exige dedicação à compaixão e à bondade, independentemente das circunstâncias. É um trabalho contínuo e deve ser assim. Certamente, não estou sugerindo que alguém ofereça perdão antes de estar pronto ou antes de tomar o tempo necessário, como os Biehl fizeram, para entender por que alguém faria algo tão doloroso. Mas o que estou dizendo é que é possível...

Podemos ter curiosidade sobre o motivo pelo qual alguém nos machucou?

Podemos olhar para dentro de nós, sentir o julgamento, o medo ou a raiva em relação a alguém que nos machucou e suavizá-los, mesmo que seja apenas um pouco?

Podemos perceber o medo por trás das palavras ou ações prejudiciais de alguém? Podemos ter compaixão?

O que seria necessário para perdoar neste nível?

Essas perguntas são desafiadoras, mas são a porta de entrada para o perdão verdadeiro. Elas são os primeiros passos na jornada rumo à capacidade de perdoar — e transformar e curar — assim como os Biehl fizeram.

“A transformação começa em você, onde quer que você esteja, o que quer que tenha acontecido, como quer que você esteja sofrendo. A transformação é sempre possível. Não curamos isoladamente. Quando nos conectamos e compartilhamos com os outros — quando contamos a história, nomeamos a dor, concedemos o perdão e renovamos ou nos desapegamos do relacionamento — nosso sofrimento começa a se transformar.” —Desmond Tutu


Comentários 3